segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Onde tudo começou.

Voltei aqui depois de quase dois anos. Oh como foi tempo viu sem aparecer aqui... Tanta coisa aconteceu de lá pra ca, que mesmo passando três diz digitando aqui teria compo contar. Meu intuito hoje retonar aqui, foi como prometido dia 11, que estaria aqui de volta contando como tudo começou nesta luta contra ou com o Lúpus. O ano era 2010, já trabalhava em hotelaria, do nada senti meu corpo completamente diferente do que habitualmente era. Senti emagrecendo rapidamente, sem que houvesse uma dieta direta. Aos poucos foram surgindo novos sintomas, que até então não sabia nem por onde começar a investigação. Senti minhas juntas doloridas, pés e mãos começaram a inchar muito, dificuldade até de levantar da cama, pois não tinha força para sustentar peso do meu corpo para levantar. Nesse meio tempo aderi a um plano de saúde, e foi a melhor coisa que fiz naquele momento. Iniciei um processo enorme de exames, médicos meses e mais meses, e nada de ninguém descobrir o que seria. Meu processo digestivo não tava bem, vomitava muito, e aí iniciou processo de mancha. Surgiu uma mancha na minha perna como se uma impinge, daí começei a me procupar mais. Para complicar ainda mais a situação, estava iniciando um processo sério de síndrome do pânico na minha vida, pra falar a real eu ainda nem sabia que era síndrome do pânico, mas descobri junto ao especialista, e aí já iniciei processo de tratamento. Psiquiatra me acompanhava, e tomava remédio leves para tentar me acalmar um pouco a noite, já que nem dormir bem estava dormindo. Dias e dias chegava amanhecer o dia acordada, pois na minha cabeça se eu dormisse, morreria na calada da noite. Bem,mais isso é um processo que pode ser para um próximo post, já que precisamos alertar máximo de pessoas possíveis o quanto cabeça é importante estar bem. Prometo levantar essa pauta numa próxima vez. Voltando a investigação, iniciei médicos, até para o médico de sangue fui, pois sem saber, esta desconfiava seriamente de leucemia. Após exames na qual graças a Deus foi descartado, iniciei outros médicos, até por fim chegar a um infectologista, que logo ao ver a mancha na perna me sugeriu procurar um remauto, pois acreditava se que seria alguma doença relacionada a imunidade. Assim, fui parar no consultório da Alessandra Braz, de imediato pensamos que poderia ser artrite reumatoíde, só para terem idéia, meu cotovelo parecia ter outro de tão inchado.Mesmo sem saber ao certo qual diagnóstico seria já iniciei dali mesmo processo de auto cuidados, recomendados pela médica. Passando algum tempo, após receber resultados dos exames, recebí o diagnóstico tão "esperado", naquele dia, 11 de fevereiro de 2010 recebia alí um milhão de informações de uma doença até então desconhecida por mim. Sabe aquela música: Meu mundo caiu? Xiiii pois foi bem isso mesmo naquele dia. Um dia após aniversário do meu pai. A médica como sempre muito atenciosa, já de cara me passou todos medicamentos, cuidados, atenções e acalmou mais um pouco meu coração, que naquele momento estava doido e sofrido de tantas lutas sem saber ao certo o que viria pela frente. Daí tudo mudou, começou um novo momento em minha vida, cuidados ao sol, cuidados a raios ultra violetas, imunosupressores, vitaminas e diversos exames direto. A cada 3 meses estava eu no conultório. Mas quer saber? Mesmo com tudo isso considero tudo como sendo um divisor de águas na minha vida. De lá pra cá tendo commo posso me cuidar, há dias que parece que um carro passou por cima, há dias que não tem muito o que contar. Mas nós lupicos temos a sensação que todo dia é um novo sintoma, uma dorzinha ali, outra aqui. A disposição é um dos que mais me incomoda, a sensação que tenho muitas vezes é que a luz, o dia, tira nossas forças. Porém de tudo isso quero somente dizer: Conheci a maior força e fé através da dor. Entendi mais o que Deus estava me mostrando com tudo aquilo, que ele nos momentos de dor nos carrega nos braços. Hoje quando vejo minhas fotos deste período só agradeço. Agradeço porque recebí um diagnóstico muito menos do que estava "esperando". Dali pra frente entendi muito, do pouco que diariamente passo em relação outras pessoas com doenças muito mais severas. Hoje convivo bem com o lobinho, tenho entendido cada dia mais o que ele não gosta e o que diretamente me faz mal. Depois de 14 anos de diagnóstico vejo isso tudo como sendo uma história da minha vida, de tantas outras que ainda quero contar. De tudo, a melhor coisa que temos a fazer é cuidar da cabeça, estar leve, não se stressar, ter pensamentos positivos, tudo isso ajuda nos a enfrentar o dia a dia com mais leveza na doença. Sinto diretamente a diferença quando minha cabeça não tá boa, parece que minha energia naquele dia se vai por completo, junto com os stress. Ultimamente por questão de saúde mesmo tenho tentado não absorver, porém quem nunca né? Quem convive de perto sabe diariamente o que sinto aqui, ou ali. Uma das ultimas novidades é o ombro direito, tem sido meu companheiro diário de dores. Lá se vai outra investigação! De tudo o que quero dizer é: Saber agradecer até mesmo quando o momento tem algo a não ser tão bom assim. Que Deus possa operar milagres diários a quem necessita e que possa através de sua fé conseguir a cura. Enquanto eu, mesmo através da minha fé ainda não descobriram a cura do lobinho , vou me cuidando como posso. Hum, não sou melhor exemplo de autos cuidados, tenho o péssimo defeito de dar prioridade a outras coisas. Péssimo né? Que meus dias sejam mais amigáveis com meu "amigo" lobo. E que você que me deu a satisfação de ler este texto saiba que através de nosso amor a Deus conseguimos muito, inclusive quando achamos que ainda é pouco ele ainda ai conosco tentando nos presentear com o melhor que possamos receber. Gratidão pela leitura de uma página de minha vida... Acho que sou tão forte que em certos momentos até esqueço o que tenho, e tá aí um grande problema, transparecer sempre a força. Muitos pensam que por ser forte nunca caimos... Km´s

Onde tudo começou.

Voltei aqui depois de quase dois anos. Oh como foi tempo viu sem aparecer aqui... Tanta coisa aconteceu de lá pra ca, que mesmo passando trê...