quarta-feira, 7 de julho de 2010

Medo da morte

O impacto da morte,

Todos sabemos, desde cedo, e com certeza absoluta, que um dia iremos morrer. Mesmo assim, o ajustamento à morte nos parece mais difícil do que a qualquer outra situação da vida a ser experenciada por nós.
O impacto que a morte causa no Sistema Familiar é imenso e, muitas vezes, prolongando, criando um impasse no ciclo de vida atual.
Em épocas passadas, o cuidado com o doente e com o ato de morrer, ficava sob a responsabilidade da família, recaindo, geralmente, nos ombros das mulheres.
Com as mudanças decorrentes no contexto político, cultural, social e econômico, as mulheres iniciaram sua jornada de trabalho para além dos limites da sua casa, trazendo modificações em todos os estágios do ciclo de vida.
Para se reequilibrar, o Sistema Familiar (tentando diminuir a culpa, a ansiedade, a depressão e o estresse) teve que “terceirizar” a morte, deixando o doente entregue aos cuidados de hospitais ou casas de repouso, médicos, psicólogos, enfermeiros, damas de companhia, voluntários, conselheiros pastorais e agentes funerários.
Quando a morte acontece numa idade mais avançada é entendida como um processo natural e lógico no ciclo de vida familiar, mas quando o mesmo evento acontece a uma criança ou a um jovem saudáveis, a morte é considerada como a maior tragédia humana – os chamados “golpes do destino” – para a maioria das pessoas. Por outro lado, quando a morte é causada por uma doença crônica, fatal e prolongada, pode ser uma alívio para os membros desta família, não importando se o doente for criança, jovem ou adulto.
Mesmo sabendo que a morte é certa e inevitável, este saber nem sempre está presente, consciente, daí o paradoxo da morte (in) esperada.


Na hora da paz
A paz na consciência
Na hora do amor
Em amor transformados
Na hora do Adeus
A Deus encaminhado.
Paulo Bonfin

Fonte: www.sistemica.com.br/docs/artigo_rose.doc

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